Diretora técnica num Lar Online: Isabel Jesus

Por Sónia Domingues , 02 de Janeiro de 2023 Profissionais


A Lares Online caracteriza-se por trabalhar com profissionais que primam pelas suas capacidades de comunicação e pela transparência. São ativos que têm todas as competências adequadas para criar um ambiente saudável, leve e íntegro nos lares onde trabalham, para que os idosos se sintam realmente em casa. Com a colaboração da Lares Online, as Diretoras Técnicas dedicam-se de corpo e alma para conquistar o sucesso nos lares de idosos onde trabalham.


As diretoras técnicas da rede Lares Online são empáticas e compreendem as preocupações iniciais das famílias.


O sucesso das instituições parceiras da rede Lares Online passa muito pela competência e humanidade, não só de quem as detém, mas também de quem as dirige: as diretoras técnicas. Hoje é a vez de Isabel Jesus!



Diretora técnica no Lar de Idosos de São Pedro de Sintra


Licenciada em Política Social, Isabel Jesus iniciou a sua carreira como assistente social em centros de dia. Quando, no início do ano de 2000, lhe ofereceram uma posição no recém inaugurado Lar de São Pedro de Sintra, uma IPSS pertencente à Fundação Cardeal Cerejeira, Isabel Jesus fez a escolha da sua vida. Já conhecedora da área, a assistente social foi singrando na carreira e, após poucos anos, o seu esforço e dedicação foram reconhecidos, tendo ocupado a posição de diretora técnica. Vamos ficar a conhecer mais do seu dia-a-dia desta diretora técnica e como a Lares Online contribui para o seu sucesso.


Isabel, Diretora Técnica do Lar de Idosos de São Pedro de Sintra

Quais são as características e principais Soft Skills necessárias para uma diretora técnica trabalhar em lar?


Isabel Jesus - Uma diretora técnica deve ter algum conhecimento técnico e muita humanidade. Não é fácil esta realidade das estruturas residenciais e cada vez mais se torna mais complicado, devido à grande dependência que os idosos trazem. Mas há histórias engraçadas e temos dias muito bem passados com os idosos. Por isso é que eu digo que tem que se juntar a técnica com a parte humana. Tem que haver muito amor à camisola. O nosso dia-a-dia não é fácil.

Tem de se juntar a parte técnica, de gestão de um lar, com a parte humana de lidar com idosos.



Quando fala com uma família pela primeira vez, seja presencial ou por telefone, o que a diferencia?


Isabel Jesus - Não sei se me diferencio, eu tento ser amável e simpática com as pessoas, porque colocar um familiar num lar nunca é uma decisão fácil. Eu tento transmitir-lhes alguma segurança no meu tom de voz, porque sei que é uma situação complicada. É importante também explicar-lhes o que podem esperar de nós. Fazemos muito esforço e temos boa vontade para que os idosos se adaptem, mas claro que não será exatamente igual às suas casas. As famílias devem sentir que trabalhamos com transparência.

As famílias devem sentir que trabalhamos com transparência, e no tom de voz devemos transmitir alguma segurança.



Qual a história mais bonita que presenciou, no lar?


​Isabel Jesus - Tivemos a viver cá no lar uma senhora casada, muito conversadora com toda a equipa. Só a senhora residia no lar, mas o marido vinha com a filha visitá-la frequentemente. Ao longo do tempo, percebemos que ele ouvia muito mal. Sentavam-se sempre os dois na zona do bar, e passavam uma ou duas horas juntos de cada vez. Durante esse tempo, estavam sempre, como eu digo, com a mão na mão. Eles quase não falavam, mas era o toque que se via que fazia falta. Havia ali um sentimento muito grande de carinho. No tempo todo da visita no lar, estavam sempre de mãos dadas, era enternecedor.

O marido de uma residente vinha regularmente visitá-la, mas o senhor não ouvia bem. Então passavam a visita quase em silêncio, mas sempre de mãos dadas.



Lares Online: reduziu drasticamente o nosso tempo de vaga 


Isabel e o Lar de Idosos de São Pedro de Sintra, pertencente à Fundação Cardeal Cerejeira, trabalham em proximidade com o serviço Lares Online desde Abril de 2022. O ano de 2021 foi muito complicado para esta IPSS, mas em 2022, com a ajuda da Lares Online, deram a volta.

Qual é a sua experiência com a Lares Online?


Isabel Jesus - A Lares Online ajudou-nos muito. Recordo-me que ultimamente nós estávamos com uma série de vagas para preencher, com dificuldade. Tínhamos 5 vagas à vontade há cerca de um ano. Assim que começámos a usar o serviço, a Lares Online muito rapidamente encaminhou famílias e preencheu o nosso lar. Entraram 6 idosos no nosso lar, nos últimos meses, através da Lares Online. 

Antes da Lares Online, chegámos a ter 5 camas vagas durante um ano. Hoje, não temos uma vaga por preencher mais do que 3 semanas.


​A Lares Online também proporciona um apoio visual, através da plataforma, porque as pessoas vêem as fotografias do lar, vão percebendo mais ou menos como é o espaço e os olhos são os primeiros a comer. E depois o nosso contacto pessoal ajuda a complementar as imagens. Hoje em dia, demoramos menos de 3 semanas a preencher as vagas que surjam.

Isabel, Diretora Técnica do Lar de Idosos de São Pedro de Sintra, sobre a Lares Online

 Como vê a sua relação com os colegas da Lares Online?

Isabel Jesus - Eu acho que a minha relação com todos da Lares Online é muito boa. São pessoas simpáticas, profissionais competentes e estão sempre disponíveis para dar o apoio necessário às instituições parceiras.

As minhas colegas de serviço social que trabalham na Lares Online são profissionais competentes que nos apoiam e ajudam diariamente, temos uma relação muito boa.



A qualidade e o sucesso de uma IPSS


Trabalhando no lar de idosos da Fundação Cardeal Cerejeira desde 2000, Isabel conhece profundamente o funcionamento da instituição. Todos os dias são diferentes, e esta diretora técnica recorda o melhor e o pior de trabalhar num lar de idosos.

Como é chegar ao lar de idosos de manhã?


Isabel Jesus - No início do dia, quando chego ao lar, leio o livro de ocorrências, vejo o que se passou durante o resto do dia e a noite. Ando no primeiro andar, nos quartos dos idosos, para ver se está tudo bem. Vejo sempre se alguém precisa de alguma coisa, e se eu posso ajudar, porque é importante que as auxiliares saibam que podem contar comigo. A manhã é praticamente dedicada ao primeiro andar. Depois de tarde é que me dedico mais à parte administrativa, aos papéis e burocracias. 


A minha preocupação quando chego de manhã é ver se os residentes estão bem e se alguma auxiliar precisa de alguma ajuda.



Conte-nos como foi o dia mais difícil que viveu no lar.


Isabel Jesus - O pior dia foi a 16 de novembro de 2020. Foi quando soube que tínhamos 35 infetados de Covid-19. Foi terrível e muito angustiante. Nós queríamos que eles estivessem bem, queríamos que tudo corresse bem, mas às vezes nem tudo corre como queremos. Começámos com 8 infetados, a 8 de novembro. Depois fizemos os testes PCR e, uma semana mais tarde, descobrimos que estávamos com 35 infetados. Depois foi gerir uma casa com muita gente infetada, graças a Deus que os auxiliares foram infetados mas em tempos diferentes. Deu para gerir o lar, embora tenhamos recorrido ao apoio do Estado para conseguir preencher todos os turnos. Depois, também tivemos momentos difíceis em janeiro deste ano, quando sete idosos ficaram infetados, mas fiquei sem dez funcionárias e aí é que foi um bocadinho mais problemático. 

Os piores dias ocorreram durante a pandemia de Covid-19, quando descobrimos que tínhamos vários infetados, entre idosos e funcionários.



O que foi aprendendo ao longo do tempo com a experiência?


Isabel Jesus - A ter paciência e a relativizar alguns problemas que nós achamos que são muito difíceis, mas depois conseguimos ultrapassá-los. E tentar pôr-me no lugar do outro. Isso é importante no dia-a-dia de uma diretora técnica: ter empatia. É importante nós percebermos porque é que os idosos têm estas dificuldades. Porque às vezes não é só a idade do idoso, é toda uma história de vida que não é igual à nossa. É fundamental nós, enquanto diretoras técnicas, tentarmos pôr-nos no lugar do idoso e perceber as suas dificuldades.


Uma diretora técnica aprende a ter paciência e a relativizar alguns problemas que parecem muito difíceis, mas depois são ultrapassados.



O que faz do lar onde trabalha um lar de qualidade?


Isabel Jesus - Eu acho que é muito importante não haver grande rodagem na equipa, porque dá segurança e estabilidade. Nós já nos conhecemos relativamente bem uns aos outros e sabemos bem como é que podemos trabalhar em harmonia. A ideia aqui é dar estabilidade também ao residente idoso. Se os idosos não estão bem, nós também não estamos e por isso tentamos fazer o que nos pedem para que a casa tenha um funcionamento bastante agradável.


Ter uma equipa estável é das principais características de um bom lar, e a estabilidade tem um grande papel no bem-estar dos residentes idosos.



Na Lares Online, todos os dias damos o nosso melhor para aproximar as famílias de instituições de qualidade.Temos toda a informação atualizada e relevante sobre residências sénior e lares de idosos de norte a sul do país. Trabalhamos em rede os lares nossos parceiros, à procura de dar a melhor e mais diferenciada solução aos idosos e às famílias, que todos os dias nos procuram em busca das melhores recomendações e referências.


O seu lar tem uma excelente diretora técnica?

Gostávamos de a conhecer: ligue 924 059 935
ou registe a sua instituição!

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