Aprendizagens da pandemia: formação de profissionais em lares

Por Sónia Domingues , 23 de Fevereiro de 2022 Profissionais


O que a pandemia fez foi alertar-nos para a fragilidade da vida humana e da facilidade com que os vírus contagiosos se propagam, sobretudo dentro de estruturas que acolhem dezenas de pessoas, mas com diferentes resultados. Em edifícios que acolhem pessoas com saúde mais frágil, como lares de idosos e hospitais, teve um efeito devastador. Já em escolas, por exemplo, o resultado da propagação do vírus foi quase insignificante: apesar de haver imensos casos de infeção, o grau de mortalidade é muito baixo. 

Se o vírus se propagou nas escolas, restaurantes, hotéis e resorts de férias, acabou por não causar estranheza, devido aos poucos cuidados que foram implementados.


A constatação e correção dos erros cometidos pelos profissionais na pandemia é essencial para o sucesso de lares e hospitais no futuro.



Em hospitais e lares, a questão foi como a doença continuou a expandir quando as equipas eram obrigadas a utilizar equipamento completo de proteção, a higienização dos espaços era feita com rigor e as visitas foram proibidas. Como foi possível existirem tantos surtos após terem sido tomadas todas estas medidas de precaução? A resposta acaba por ser a mais simples possível.


Para além da resistência do próprio vírus e do grau de contágio, os profissionais não estavam minimamente preparados para lidar com esta pandemia. A maioria dos auxiliares geriátricos e até dos diretores técnicos dos lares nunca receberam a formação adequada para tal.


Os profissionais dos lares de idosos não estavam preparados para uma crise desta dimensão, mas de futuro terão que estar aptos.​



​Agora que já se encontrou uma vacina para o coronavírus, e a pandemia começa a estar minimamente controlada, é essencial que se tirem ilações para que, no futuro, esta situação não se repita. A formação das equipas de profissionais nos lares de idosos terá de ser feita a pensar que situações como estas podem voltar a acontecer. As equipas têm de ter formação adequada para estarem preparadas para lidar com a propagação dos vírus. 

Manutenção de rotinas de higiene pessoal


​Existem várias medidas simples e facilmente aplicáveis que poderão salvar vidas, no futuro, nos lares de idosos. Primeiro de tudo é assegurar profissionais bem preparados e formados que cumpram as normas escrupulosamente. A formação terá de ser contínua, integrando as mais recentes normas de segurança e higiene. 

Também será adequado formar os profissionais quanto às rotinas de higiene pessoal. Esta medida abrange todo o leque de profissionais que trabalham no lar de idosos.


Equipas autogeridas e universais podem ser a melhor solução para que a falta de formação não penalize os residentes de lares em situação de crise.



As equipas de profissionais têm de estar preparadas e formadas para tomar decisões de acordo com os protocolos ou planos previamente estabelecidos. Terão de saber como atuar em situações delicadas. São as chamadas equipas autogeridas. Os membros da equipa têm as diferentes tarefas distribuídas e maior responsabilidade, sendo dispensada a figura do líder. 

O lar de idosos deve formar equipas para trabalhar, caso seja necessário, por turnos e independentemente. Estas equipas estarão prontas para assumir uma situação de crise que surja no futuro, preservando a saúde e bem-estar dos idosos residentes no lar.



Utilização correta de materiais de proteção


​Os profissionais têm de ter assegurados equipamentos de segurança e máscaras suficientes, para não haver lugar a reutilização perigosa. O lar deve dispor de equipamentos de proteção e máscaras em quantidade suficiente para prevenir um surto repentino. Isto não significa que devem ter um grande stock deste tipo de materiais, mas sim que a preparação para uma eventual crise de saúde é essencial no futuro. Quanto aos profissionais, estes terão de ter formação adequada para que cumpram objetivamente a utilização eficaz dos ditos equipamentos. A atenção ao detalhe é elementar para garantir o manuseamento correto dos equipamentos.


Devem existir materiais de proteção pessoal para uma resposta rápida, assim como um plano de atuação a aplicar logo que seja identificada uma crise potencial.



Depois, o lar deve ter preparado de antemão um plano de atuação, em caso de surgir algum caso de doença contagiosa, será uma mais valia. Ter um protocolo específico para os profissionais seguirem será uma valiosa ajuda para que não se cometam erros precipitados, quando surgir alguma situação que requeira ação imediata. 

Os profissionais mais uma vez têm de se manter atualizados e a par do que o plano de atuação diz. A prioridade máxima é sempre o bem-estar das pessoas, profissionais e residentes no lar de idosos. Deve haver vários cenários possíveis e até sempre que possível simulacros, para que se verifique de facto se os profissionais assimilaram bem o plano.



Lidar com momentos de tensão e crises


Existem já disponíveis diversas ofertas a nível da formação dos diversos profissionais que trabalham no lar de idosos. Apostar na formação contínua destes profissionais, como se faz nas maiores empresas, é uma aposta segura. Estes profissionais tanto ganham competências, como ganham autoestima, sentem que estão a ser valorizados pela entidade patronal. Posicione o seu lar enquanto uma empresa que reconhece o valor do funcionário e investe na sua valorização, como meio de oferecer um serviço de excelência aos residentes idosos.


Uma das principais aprendizagens da pandemia é que a formação profissional é o primeiro passo para bom trabalho em momentos de tensão e stress.



Existem diversas ofertas no setor da formação profissional que poderão adequar-se aos profissionais do lar. Aliás, também existem formações destinadas em exclusivo a estes funcionários, e também direção técnica. Através de uma simples pesquisa, podem ser encontradas diversas ofertas que poderão valorizar os vários profissionais do seu lar. De facto, a formação e especialização dos profissionais do lar é um garante da qualidade do serviço oferecido. Se o profissional estiver bem preparado, poderá lidar com situações de maior tensão e stress, como foi o caso da pandemia, com maior rigor e atenção.


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