7 Coisas que as famílias não dirão no primeiro contacto com o lar

Por Susana Pedro , 19 de Junho de 2018 Profissionais



​Quando um lar se prepara para receber um idoso, há várias questões que devem ser abordadas, já que existem situações que carecem de condições e de cuidados muito especiais. Deste modo, e para conseguir que a relação entre lar e idoso seja fomentada com base na empatia, sinceridade e, por conseguinte, na confiança, é necessário que, antes de receber um idoso, a instituição acolhedora esteja a par de algumas situações muito específicas.

É por este motivo que aqui elencamos algumas questões que deverão ser colocadas aos familiares da pessoa idosa pois, de outro modo, casos muito específicos e que padecem de cuidados especiais poderão não ser observados, face à inexistência de conhecimento pleno da realidade do idoso por parte da instituição acolhedora.



Eis as 7 coisas que as famílias não dirão no primeiro contacto com o seu lar




​​1 – Que o idoso grita de noite

É bastante comum a pessoa idosa possuir perturbações ao nível do sono. De facto, os idosos conhecem um decréscimo acentuado da sua qualidade do sono e uma dificuldade acrescida para adormecer.

Os motivos poderão ser vários, desde a toma de determinados medicamentos, passando pelas dores crónicas ou problemas psicológicos. Também a doença de Alzheimer em muito poderá contribuir para o surgimento das perturbações ao nível do sono.
De facto, os problemas do sono são parte integrante da demência e por isso é necessário proporcionar ao idoso que sofre da doença períodos de sono regulares. 

Por este motivo, é imperativo saber se o idoso sofre deste tipo de perturbação. Saber antecipadamente desta condição pode ajudar o lar a encontrar a melhor solução e a proporcionar as melhores condições não só para o idoso que padece de perturbações do sono ou demência e, por isso, fica agitado ou grita de noite, como para os outros idosos, que devem ficar salvaguardados desta situação.

​Saber se um idoso grita de noite é realmente importante para a organização e normalidade de um lar.



2 – Que a  família do idoso não se entende e não comunica de modo saudável

​Quando se fala em família, somos imediatamente reportados para um ambiente de sociabilidade, conforto e amor onde os laços são estáveis, fortes e perduram no tempo.

Para a pessoa idosa, a família é fundamental pois é o suporte psicológico e social que pode garantir a sua qualidade vida nas mais diferenciadas esferas.
Assim, a ligação da pessoa idosa à família e a interação com esta é uma condição essencial para o seu bem-estar. É por este motivo que cabe ao lar que recebe o idoso trabalhar sobre esta ligação e perceber não só o quão essencial ela é, mas se, efetivamente, é saudável

São frequentes os casos de famílias que não se entendem e, no que concerne a decisões muitas vezes com algum grau de complexidade, é importante perceber se a família é funcional.



3 – Que não se consegue pagar a mensalidade do lar

Uma elevada percentagem de idosos não pode pagar a mensalidade de um lar, e, nesse sentido, estes idosos contam com o apoio da família.
Assim, no início da relação contratual entre o lar e a família da pessoa idosa, é importante e bastante conveniente falar abertamente sobre esta situação.

Para ajudar, será importante o lar apoiar a família com informação sobre possíveis apoios ou comparticipações e, em concomitância, esclarecer sobre todas as despesas inerentes e que estão integradas na mensalidade de modo a evitar confusões futuras.



4 – Que o idoso foi expulso de outro lar

Um idoso pode, de facto, ser expulso de um lar que o tenha recebido, caso o regulamento desta instituição não tiver sido devidamente respeitado. Esta situação pode surgir em casos em que o bom ou normal funcionamento do lar tenha sido colocado em causa por alguma conduta imprópria por parte do idoso, ou em que o serviço ou relacionamento com terceiros tenha sofrido algum tipo de dano por este mesmo motivo.

Assim sendo, e porque estes casos ocorrem, é sempre necessário inquirir a família do idoso procurando sensibilizá-la para a necessidade da veracidade dos factos de modo a que medidas possam ser tomadas e expetativas geridas.



5 – Que o idoso pesa mais de 100kg

Muitos dos idosos apresentam um cenário de dependência para conseguirem funcionar e, por isso, necessitam de cuidados muito específicos que vão no sentido de os auxiliarem na realização total das suas tarefas.

Idosos com peso superior a 100kg enquadram-se neste tipo de dependência. Por este motivo, é necessário inquirir junto da família qual o peso do idoso, já que, se estiver enquadrado nestas condições, necessitará de estruturas que facilitem e reforcem os trabalhos dos técnicos.



6 – Que o idoso é portador de HIV

É sabido que os portadores do HIV sobrevivem mais tempo e que o HIV atingiu o patamar (tendo em conta a reação aos tratamentos) de uma doença crónica.
Porque a pessoa portadora de HIV vive mais tempo, é necessário começar a prestar atenção a estes casos e a (re)pensar a Instituição no sentido de acolher dignamente estes idosos.

Por este motivo, é muito importante perceber se o lar conhece as condições para receber o idoso seropositivo, já que estes utentes necessitam de cuidados especiais.




7 – Que o idoso tem pulseira eletrónica

Aumentando visivelmente desde 2016 as penas que se cumprem fora das prisões, não será de descurar a hipótese de um lar poder receber um idoso portador de pulseira eletrónica.

Por este motivo, e por ser uma situação diferenciadora e que exige uma sensibilidade diferente, é necessário que o lar esteja a par desta situação de forma a agir em conformidade.




Acreditamos que, quando se gere um lar, estas questões devem ser colocadas na conversa inicial com a família do idoso. Elas permitem traçar um perfil mais exato do futuro utente e perceber se a instituição observa as condições necessárias para o receber da melhor maneira possível.



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