5 Sinais de que os seus pais idosos precisam de ajuda

Por Joana Marques , 17 de Maio de 2021 Dependência


​Embora inevitável, o envelhecimento é um tema sensível, para pais e filhos. Os anos vão passando e vai chegar o dia em que vai perceber que os seus pais já não têm a mesma energia e vitalidade de antigamente.


Ao tomar consciência de que os seus pais estão a envelhecer, os papéis vão-se inverter e pode passar a ser o seu cuidador.




O processo de envelhecimento é inevitável, irreversível e único. Há pessoas que lidam bem com a situação e aceitam que com o passar dos anos é normal pedir ajuda; outras têm dificuldades em pedir ajuda porque se recusam a reconhecer que já não são tão autónomas. Mais cedo ou mais tarde, todos vamos ser postos perante a evidência de que os nossos pais precisam de ajuda, na sequência de perdas físicas, sensoriais, cognitivas ou emocionais ligadas ao envelhecimento, sejam elas graduais ou abruptas.


Não fique à espera que os seus pais idosos peçam ajuda. Esteja atento aos sinais!



Está na altura de agir se os seus pais começam a ter dificuldades em executar sozinhos as tarefas do dia-a-dia. Quanto mais cedo reconhecer os sinais que indicam que os seus pais precisam de cuidados extra, mais tempo lhes dá para que eles se habituem à ideia de que é normal pedir ajuda e que isso em nada os diminui enquanto seres humanos.


5 Sinais de alerta


Naturalmente, os seus pais desejam ser independentes e estar em controlo das suas próprias vidas, mas a determinada altura pode começar a ser evidente que é necessária alguma ajuda extra para manter as rotinas do quotidiano.


O ideal é que os seus pais idosos participem na tomada de decisão relativamente aos cuidados necessários, mas esteja preparado para vários cenários.



Uma hospitalização repentina, uma queda ou um agravamento do estado de saúde são as situações mais comuns que despoletam a necessidade de procurar soluções de cuidados a longo prazo, sejam eles prestados ao domicílio ou num lar. Monitorizar regularmente as capacidades físicas, cognitivas e emocionais dos seus pais idosos é a forma mais eficaz de diminuir o stress emocional associado à mudança inevitável que significa passar a ter ajuda externa.


Escolhemos cinco sinais de alerta que indicam se chegou a altura de ajudar os seus pais idosos nas tarefas do quotidiano ou pensar numa solução mais permanente de cuidados.



1. Dificuldade em manter uma rotina de higiene

Uma aparência desleixada é sempre um sinal de que há qualquer coisa de errado. Confirme se os seus pais conseguem tomar banho e fazer a toalete sem ajuda. O cabelo e as unhas estão bem cuidados? Sente um odor corporal desagradável? Como é que está a saúde oral dos seus pais? As roupas estão lavadas ou são usadas vezes sem conta?

2. Alterações físicas que diminuem a aptidão

Esteja atento a oscilações de peso, que podem indicar uma má alimentação, dificuldades em comprar, preparar e cozinhar os alimentos ou falta de apetite. Uma má nutrição leva a perdas ósseas e musculares e aumenta a probabilidade de quedas nos idosos, devido a desequilíbrios ou mesmo perda de sentidos. Os seus pais exibem feridas, queimaduras ou nódoas negras? Têm dificuldades em andar, subir e descer degraus, levantar e sentar-se? 

3. Alterações de comportamento ou oscilações de humor

Observe o comportamento dos seus pais. É altura de intervir se notar irritabilidade, falta de motivação, perda de interesse por atividades de ocupação de tempos livres, desorientação, alterações súbitas de humor, agitação, apatia e até agressividade. Os seus pais idosos dormem bem? Tomam a medicação a tempo e horas? Não atendem ou devolvem as suas chamadas? Esquecem-se de comer ou pagar as contas? A maior ocupação diária é dormitar?

4. Negligência da saúde

É importante que os seus pais tenham capacidade para cuidar da sua saúde, através da toma correta da medicação e de idas regulares ao médico. Sabe se eles vão às consultas? Procure saber para quando elas estão marcadas e pergunte sempre como é que correram. É normal que os seus pais idosos tenham uma pequena reserva da medicação habitual, o que é preocupante é se essa reserva significa que os medicamentos ficam por tomar.

5. Desleixo na manutenção da casa

Viver num ambiente limpo e organizado é garantia de saúde e qualidade de vida. Com o passar dos anos, o corpo fica mais frágil e é normal que a limpeza seja descurada, porque se transformou numa tarefa penosa, fisicamente desgastante ou mesmo perigosa. A casa está suja ou o lixo não é despejado? O correio fica acumulado na caixa? Há comida estragada no frigorífico? A casa cheira a urina? Se os seus pais idosos ainda conduzem, o carro tem mossas ou está raspado? Os eletrodomésticos funcionam e têm manutenção? 


De que precisam os seus pais idosos?


Pode acontecer que os seus pais deixem de executar as atividades instrumentais da vida quotidiana por incapacidade física, emocional ou cognitiva. É importante saber porque é que existem coisas que não são feitas e que prejudicam a qualidade de vida. Saber o que causa os sinais de alerta pode determinar a ação mais correta a aplicar. Será que os seus pais só precisam de uma ajuda extra ou o problema é não conseguirem viver sozinhos?


Para viver sozinhos, os seus pais devem conseguir cozinhar, gerir a medicação e as consultas, planear e fazer compras, lavar a roupa e limpar a casa, comunicar por telefone, conduzir ou utilizar transportes públicos.



A sua intervenção vai ser necessária a partir do momento em que os seus pais idosos não conseguirem executar determinadas tarefas que são essenciais para a manutenção de uma vida independente, saudável, segura e com qualidade. O que pode variar é o tipo de intervenção.


Só é necessária uma ajuda extra?

Organize a família de forma a que os seus pais tenham um acompanhamento diário nas tarefas do quotidiano, especialmente na ida às compras e a consultas médicas. Antes de optar por uma solução mais definitiva, veja se é possível a família ajudar com as refeições, na limpeza da casa e no pagamento das contas. Mesmo que seja uma solução temporária, vai ganhar tempo para discutir em conjunto qual a melhor opção de futuro.



Os seus pais sentem dificuldades, mas mantêm-se funcionais?

Pode optar por uma solução intermédia, que permite que os seus pais idosos permaneçam na sua própria casa, mas com ajuda. Informe-se sobre as diversas ofertas que estão incluídas no apoio domiciliário e a que tipo de apoios que os seus pais têm direito em caso de perda de autonomia.



Os seus pais idosos já não conseguem viver sozinhos?

Discuta com eles a possibilidade de irem para um lar e envolva-os nessa escolha. Procure saber o que é que preferem: viver na cidade ou voltar ao campo, um quarto individual ou partilhar o mesmo espaço, uma comunidade mais pequena e familiar ou um espaço que acolha mais pessoas e que aumente as possibilidades de socialização? Estas são algumas das perguntas que pode fazer aos seus pais e programar com tempo a prestação de cuidados permanentes, num espaço onde se sintam seguros, felizes e sejam tratados com a humanidade e atenção personalizada que merecem.


Procura lar para os seus pais idosos? 

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