Como conquistar famílias problemáticas em lares de idosos?

Por Ana Palma , 02 de Julho de 2019 Profissionais

A admissão dos Idosos nos Lares pressupõe a interação entre os seus familiares e os profissionais das instituições.

Em muitos casos, os técnicos descrevem estas interações como difíceis e exigentes concorrendo para esgotar, o tempo destes profissionais, um recurso extremamente valioso e que deve ser bastante bem gerido.

Ainda que os familiares ou os próprios idosos tenham decidido que o melhor seja a integração num lar de idosos, muitas vezes o contacto continua a ser feito através das visitas ou chamadas telefónicas, em que estas procuram estar ativamente envolvidas e informadas acerca dos cuidados prestados aos seus idosos. Por isto, a relação com os técnicos assume-se da maior relevância para os familiares. Já para os técnicos, a contribuição dada pelos familiares acerca dos hábitos e gostos do idoso pode-se revelar de extrema importância para melhor definir um plano de cuidados ou qual a melhor maneira de abordar e interagir com o idoso.


​Gerir as suas expectativas e balizá-las

Deste modo, e porque os familiares se encontram numa nova posição e em que têm que desempenhar um novo papel é importante saber gerir as suas expetativas. Aqui a sensibilidade dos técnicos é fundamental para saber como ir ao encontro destas e balizá-las. Na verdade, dada esta nova realidade, as interações entre familiares e técnicos pode, não raras vezes, declinar em conflito de posição ou de opiniões. Para além disto, a falta de comunicação entre as duas partes pode agudizar esta situação. 

Frequentemente, os profissionais descrevem estas relações com os familiares como difíceis, problemáticas e, em suma, um desafio constante que acaba por ser um consumidor de tempo. 

Assim, de entre as famílias, podem ser sempre encontradas aquelas que são denominadas como «exigentes». Não só causam relutância nos profissionais como estes, muitas vezes, procuram evitá-las para, de certo modo, evitar o confronto.

O que acontece é que existe um choque de comunicação entre ambas as partes embora exista um objetivo que é comum e que se resume à procura ativa de impulsionar e garantir a qualidade de vida no idoso.



Comunicar de forma ativa e positiva

Como solução, pode-se advogar a procura de uma comunicação ativa e positiva entre familiares e profissionais. Tal ação ajudará a família a depositar a sua confiança nos profissionais. Ou seja, deve ser facilitada e potenciada a integração da família em todo o processo procurando uma relação proativa e cooperante entre ambas as partes.

Tal ajudará na gestão das expetativas dos familiares e poderá baixar o risco de queixas por parte destes. Já os profissionais podem recuperar o tempo, sentirem-se mais apreciados e valorizados profissionalmente. 



Promover a participação e a integração

Deve ser promovida a participação ativa dos familiares e fomentada uma relação próxima com os profissionais. Tal ação irá reforçar as ligações de confiança e entendimento mútuo. Para além disto, os familiares poderão ser integrados na vida das instituições ao serem convidados a estarem presentes em momentos de festividade, ao ser demonstrada alguma abertura (sempre equilibrada, tendo em conta a especificidade das situações) e flexibilidade em relação aos horários de visita. Isto poderá ajudar no reforço da confiança na instituição e dos laços entre ambas as partes.

Para melhor guiar esta relação poderá ser estabelecido, aquando da institucionalização do idoso, procedimentos que sirvam como guias orientadores daquilo que são os papéis quer dos familiares quer dos profissionais.

A exigência destes familiares deve ser apaziguada por um reforço de confiança em relação aos profissionais e por um impulsionamento de uma comunicação saudável em que o ganho desta seja visível na melhoria da qualidade de vida dos idosos.



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