Vida Ativa em lar: Joaquim Dias

Por Sónia Domingues , 19 de Junho de 2023 Idosos



Aos 84 anos, Joaquim Dias é totalmente autónomo, faz ginástica todos os dias e é o orgulhoso proprietário de um carro Volvo 40, de 1997, que, tal como o dono, já tem alguma idade, mas ainda “rola bem”. Natural de Óbidos, o senhor Dias tem o sotaque moldado por anos a viver na Bélgica, mas a influência estrangeira não conseguiu apagar os traços ricos da pronúncia alentejana. Joaquim Dias tem uma história de vida ativa que, tal como ele, é muito ímpar. Com uma família composta por oito irmãos, ele foi o único a nascer no hospital, tal como fez questão de frisar. Foi ajudando os pais na agricultura, mas aos 14 anos decidiu que “não era vida” e mandou-se para Lisboa, onde já lá estavam duas irmãs e um irmão. Arranjou um “namorico” e aos 24 anos casou-se. Dois anos depois, decidiu emigrar, primeiro para a Holanda, onde ficou pouco tempo e depois para a Bélgica, onde se instalou com a mulher. Trabalhou num restaurante, até que lhe ofereceram uma posição de mecânico na Volvo, mesmo no centro de Bruxelas, ao pé do Parlamento Europeu. Dali não saiu até à idade da reforma, concluindo uma carreira dedicada à mecânica automóvel.




Escolheu viver num lar de idosos para ter segurança e ajuda

​Apesar de ter uma vida ativa e ser autónomo, o viúvo Joaquim Dias teme ficar sozinho, sem o auxílio de ninguém próximo a quem recorrer em caso de emergência. Para este problema, apenas a residência sénior pode dar resposta e no Palace Persona encontrou a segurança que procura, aliada ao conforto e qualidade dos serviços, não sem antes passar por uma experiência negativa. 



Porque decidiu ingressar numa residência sénior?

Joaquim Dias- Porque sofri um enfarte, há alguns anos atrás e estava sozinho em casa. Ainda consegui chegar à rua, mas depois sentei-me, já muito mal-disposto, mas mesmo assim, ainda consegui ligar à minha filha e ao INEM, e, graças a Deus, foi a minha sorte, mas nessa altura percebi que tinha que estar sempre acompanhado, por isso eu e a minha filha decidimos que a melhor opção seria um lar de idosos.

Tive um ataque cardíaco e como sou viúvo, a minha filha estava com medo que ficasse sozinho outra vez com a idade que tenho e então lá combinou comigo que a melhor solução era um lar.



O Palace Persona Residência Sénior foi a sua primeira opção?

Joaquim Dias- Não, primeiro estive numa casa particular sem licença, tinha uma companheira que também faleceu lá. Depois da morte dela, chateei-me lá com eles, fui vigarizado e queria sair. Tinha um conhecido que teve cá o sogro que gostou muito de estar aqui e eu vim cá ver e gostei. Também vi uns nas Caldas, mas era uma espécie de T1, tinha que ligar se precisasse de alguma coisa, e até chegar alguém, ia ficar sozinho. E então fiquei aqui, encarei muito com a doutora Telma (diretora técnica), somos amigos, e Deus queira que assim continue. 

Não foi a minha primeira opção. Primeiro estive num lar ilegal, mas depois a proprietária vigarizou-me e decidi procurar um lar como deve ser.


O que aconteceu no primeiro lar que esteve?

Joaquim Dias- Como percebeu que eu era emigrante e que tinha alguns bens, a proprietária arranjou maneira de me pedir vinte mil euros adiantados, e depois eu exigi-lhe o dinheiro e ela começou a faltar-me com o tratamento que tinha antigamente. Eu falei com a minha filha, comecei a ficar com medo das atitudes dela e rapidamente percebemos que tinham que arranjar uma resposta para sair de lá. 

A proprietária do lar ilegal pediu-me uma elevada quantia em dinheiro, que não me devolveu. Saí do lar, apresentei queixa na GNR e fiz uma denúncia à Segurança Social, em Leiria. 



Quais as diferenças entre o primeiro lar onde esteve e o Palace Persona?

Joaquim Dias- Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Esta casa é outra! Estou num quarto individual, tenho televisão, tenho uma bonita vista da serra, gosto muito do meu quarto, é um bocadinho caro mas graças a Deus, tenho possibilidade. 

São lares totalmente diferentes. Este lar, por ser legalizado tem muita mais qualidade, as pessoas são muito bem tratadas e têm liberdade de sair. 





Vida ativa na residência sénior é preenchida e muito feliz 

Joaquim Dias manteve hábitos enraizados e uma vida ativa na residência sénior Palace Persona. Mantém a rotina diária de fazer exercício físico, conduz o seu carro e sai regularmente. Nesta residência sénior encontrou tudo aquilo que procurava e algo que não esperava: uma amiga especial. 



Como ocupa o seu tempo no lar?

Joaquim Dias- De manhã, faço a minha higiene, graças a Deus ainda não preciso ajuda, tenho a minha rotina de ginástica, que envolve uma corridinha e alguns exercícios, só depois tomo o pequeno-almoço. Depois faço as minhas reflexões e rezo, porque sou devoto de Nossa Senhora de Fátima. Após o almoço, pego no meu carro e vou tomar um café fora. Também aproveito a tarde para apanhar sol ou então vou fazer uma caminhada. Tenho uma senhora, uma amiga especial cá dentro, algumas vezes chateamo-nos mas depois fazemos as pazes. Gosto de ver televisão, gosto muito de ouvir rádio. Vou também todos os dias ao gabinete da Doutora Telma (diretora técnica), conversar com ela. 

Durante a manhã gosto de fazer ginástica e rezo um pouco, à tarde gosto de pegar no meu carro e ir tomar café à rua.



Como é viver no Palace Persona?

Joaquim Dias- É muito bom, sinto-me seguro, gosto das pessoas e a minha filha e o meu filho estão contentes, sabem que estou bem e que gosto de cá estar. Tenho sido bem tratado, todas me estimam, tanto a doutora Telma, como as auxiliares e os enfermeiros. Dou-me sempre bem com o pessoal, sempre que preciso de alguma coisa, estão sempre disponíveis. Eu sinto-me bem, tenho uma vida ativa e não preciso de muito, mas quando foi necessário, graças a Deus, fui assistido imediatamente. Fui ao hospital e tive que ficar lá uma noite, mas tudo correu bem e já estou bem. 

Viver aqui é muito bom. Se precisar de alguma coisa, tenho alguém para me ajudar. A médica vem cá, uma vez por semana, consulta todos os residentes e é muito simpática. 



Convive com os outros residentes do lar?

Joaquim Dias- Sim, convivo! Muitos deles são mais dependentes e estão sempre a chamar-me, às vezes nem chamam as auxiliares, chamam-me a mim. Eu tenho pena dos velhotes, eu também sou velhote, mas vejo-os mais fraquinhos do que eu e tenho pena. Até ajudo a dar-lhes comida, ajudo a pôr-lhes os babetes e a dar-lhes a água. Gosto de ajudar e também passo melhor o meu tempo.

Sim, gosto de conviver com os outros residentes, apesar de estarem mais frágeis do que eu. Convivemos e ajudo-os quando posso.


Quais as atividades ou hobbies que tem na residência sénior?

Joaquim Dias- Gosto muito de jardinagem, de tratar das flores, tratar da horta, mas às vezes as minhas pernas não me deixam. Gosto de ouvir as leituras da animadora e outras atividades que ela organiza. Gosto de ouvir o terço e quando aqui há missa, participo. Também vejo aos domingos a missa na televisão, no meu quarto, que estou descansado e ouço a missa à vontade.

Participo em várias atividades. O que mais gosto é de fazer jardinagem e cuidar da horta. Também gosto de rezar.



Um lar de idosos de qualidade que permite uma vida autónoma


Joaquim Dias é totalmente autónomo e funcional e não estava disposto a perder esta liberdade de movimentos e a vida ativa que tinha em casa, apesar de já não estar em condições de ficar sozinho. Na residência sénior Palace Persona continua a ser ativo e vai muitas vezes à sua casa, em Óbidos, onde aproveita para matar saudades e fazer convívios.



Acredita que é importante manter-se fisicamente ativo?

Joaquim Dias- Eu acho que sim, enquanto eu puder continuo a ter uma vida ativa. Logo de manhã, venho cá fora, faço a minha ginástica, conforme as pernas me vão deixando. Apesar da residência ter fisioterapia personalizada, eu não faço, por opção, porque acho que não é preciso, com a ginástica e a corrida que faço de manhã. 

Para mim é muito importante continuar ativo. Apesar da residência ter fisioterapia personalizada, eu não faço, por opção. Mas, faço exercício físico, mexo-me e ando regularmente.



Continua a ter autonomia e liberdade de movimentos?

Joaquim Dias- Sim claro,  posso sair e entrar quando quiser. Vou todos os dias ao café e até vou muitas vezes à minha casa, em Óbidos. Tenho no carro até uma grelha nova que comprei, para fazer um churrasco. Lá em casa tenho uma mesa no exterior que dá para dez pessoas e tenho uma churrasqueira. Quero lá ir fazer uma sardinhada ou assar umas fêveras e juntar alguns amigos e família. Gosto de ter uma vida ativa e continuo com os mesmos hábitos de quando estava na minha casa.

Sim, continuo a dar os meus passeios, a ir ao café quando quero. Também vou muitas vezes à minha casa, em Óbidos.



Do alto dos seus experientes 84 anos, Joaquim Dias conserva um estado mental e físico de fazer inveja a muitos. Na residência sénior Palace Persona encontrou o equilíbrio que procurava, entre uma vida sem restrições e a segurança de ter sempre por perto alguém para o auxiliar em caso de urgência. Continua a ter uma vida ativa e ainda fez uma amizade especial. Mantém uma atividade especialmente vigorosa e, tal como o seu carro, onde passeia todos os dias, a idade representa muitos quilómetros de experiência, mas continua funcional e com uma vitalidade que faz do senhor Dias um exemplo de bem viver.




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