Conquistar a longo termo as famílias dos idosos no seu lar

Por Catarina Sousa , 19 de Novembro de 2021 Profissionais


Sentir que os familiares dos idosos residentes em lares estão seguros e felizes com a escolha que fizeram é um sinal de sucesso no processo de integração dos idosos nos lares. Esta integração é longa e muitas vezes não é fácil. Existem muitos sentimentos envolvidos numa escolha desta dimensão, sentimentos de expectativa, ansiedade, medo, necessidade e validação... Sentimentos que o responsável de um lar deve ter em conta sempre que contacta com o idoso e com a sua família.

Para se diferenciar da concorrência, um lar deve conquistar, de forma contínua, os elementos mais marcantes na vida dos idosos. E quem mais marcante que a própria família dos residentes idosos? A relação entre lares e famílias deve ser estreita, desde o primeiro contacto. Esta é a única forma de manter e fomentar confiança, a longo prazo. Veja neste artigo algumas dicas para conquistar a longo-termo as famílias dos seus residentes idosos!



Estar disponível desde o primeiro dia 


A presença dos familiares na construção da autonomia dos idosos é valorizada por todos os que gerem lares. Assim, as instituições devem manter um contacto regular, dando conhecimento dos cuidados prestados e da evolução do estado de saúde física e mental dos residentes idosos. Numa primeira fase, importa deixar as famílias à vontade para exprimirem o que consideram ser fulcral para a adaptação do idoso ao seu novo lar. Deve partir do próprio responsável do lar, seja o proprietário ou o diretor técnico, iniciar comunicações frequentes com as famílias, informando sobre o idoso e a sua estadia no lar.


Deve ser privilegiada uma comunicação transparente e frequente, para que não existam barreiras entre os lares e as famílias.



Os responsáveis dos lares devem procurar reunir com os familiares dos idosos para, em conjunto, encontrarem estratégias para superar as dificuldades, sempre que seja necessário. As sugestões das famílias nunca devem ser menosprezadas, podendo quase sempre ser adaptadas de acordo com a opinião profissional dos auxiliares do lar. As rotinas, as regras e os horários devem ser explicadas de forma clara, desde a primeira visita, e não devem ser mudadas sem comunicação às famílias.

Em todo o contacto, é essencial que os familiares dos idosos sintam que são escutados, e que as suas opiniões são consideradas. Tome o seu tempo a dialogar e explicar às famílias o porquê de cada situação, prevendo já algumas coisas que poderão decorrer das decisões conjuntas que tomam. Caso contrário, podem gerar-se conflitos motivados pela falta de interesse aparente, por parte da instituição, em valorizar a sua intervenção. Por muito bom que seja o cuidado do lar, se as famílias não se sentirem consideradas poderão pensar em optar por outro lar onde sejam mais ouvidas.



Gerir (bem) as expectativas das famílias


A integração dos idosos em lares é um processo longo e complexo, no qual todos devem ter uma participação ativa. Numa situação inicial, é indispensável que o responsável da instituição faça um acompanhamento constante e próximo do idoso e da respetiva família.

É preciso saber gerir as expectativas de ambas as partes, e de forma equilibrada. Se de um lado encontramos pessoas fragilizadas, numa fase da vida cuja adaptação a novos contextos é mais difícil e exige maiores cuidados de saúde, do outro vemos familiares preocupados e ansiosos de que o impacto da sua decisão seja positivo na vida dos seus idosos.


Manter as famílias informadas e a par da situação evolutiva dos idosos residentes, ao longo do tempo, terá de partir dos lares.



Neste sentido, a instituição tem de apoiar e orientar os familiares dos idosos, esclarecendo-os sobre as dificuldades que podem surgir, e o papel que devem desempenhar na vida destas pessoas. Importa ter sempre um ouvido atento, e disponibilidade para receber as sugestões e receios dos familiares dos seus residentes.

Com os idosos, o responsável do lar terá de construir uma relação de confiança, dar-lhes tempo e espaço para que se possam habituar à nova casa e aos outros residentes. É fundamental que se sintam ouvidos e compreendidos, em qualquer circunstância, e que criem uma relação de proximidade ao longo do tempo. A confiança é determinante para o sucesso da sua instituição.



Criar uma agenda de proximidade com as famílias


​É fundamental que se mantenham hábitos de relacionamento entre a instituição e as famílias dos idosos, e se proporcionem condições para que estas possam participar na vida dos residentes idosos. Podem surgir atividades intergeracionais, convívios com familiares e mesmo festas em que todas as famílias são convidadas.

O envelhecimento ativo requer uma realização regular de atividades que estimulem as capacidades físicas e cognitivas dos idosos. Estas, quando bem-sucedidas, geram um impacto muito positivo no seu bem-estar, principalmente se juntarmos a componente social. Eventos como festas temáticas, aniversários e atividades de lazer proporcionam interações saudáveis entre os idosos e as suas famílias, que se refletem no bem-estar de ambos.


Quanto mais humanista e personalizado for o relacionamento com as famílias e o tratamento dos idosos, maior tranquilidade e confiança vão sentir os familiares, o que resulta numa visão mais positiva do lar.



É importante criar eventos para mostrar às famílias as atividades que desenvolvem. Até porque, ao aliar a estas rotinas as relações sociais com familiares e amigos, conferem aos idosos residentes sentimentos de maior proteção e segurança, e motivam-nos a participar na vida das instituições onde se encontram. 

A disponibilidade destas instituições em receberem os familiares dos idosos é crucial na construção de uma relação equilibrada entre todos.  Esta é não só uma forma de conquistar as famílias dos idosos residentes em lares mas, também, uma maneira de reforçar os laços afetivos entre todos, contribuindo para a construção de uma relação saudável a longo prazo.



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