Vida ativa em lar de idosos: José Robala

Por Sónia Domingues , 16 de Outubro de 2023 Idosos

Nascido a 17 de setembro de 1919, José Robala já passou por muito, levou sempre uma vida ativa e preenchida,  mas sem nunca perder o sorriso na cara, perante as adversidades. Natural da Serra da Boa Viagem, na Figueira da Foz, José Robala foi para Angola depois de cumprir o serviço militar obrigatório. Lá tinha um tio que o ajudou. Trabalhava em captações de água e viajava por todo o país. Mas, num regresso a Portugal para férias, já mais tarde na vida, com cerca de 50 anos, o senhor Robala viu passar uma senhora na rua e, sem cerimónias, iniciou uma conversa que viria a resultar num feliz casamento que já dura há volta de meio século. 


Com 104 anos de idade, José Robala ingressou em setembro de 2022 no lar de idosos Quinta do Outeiro, em Carvalhais, Figueira da Foz, acompanhado da esposa de 88 anos, onde pretende continuar a viver confortavelmente a sua centenária vida.



Fizeram a sua vida em Angola e tinham um chalé de sonho em Sá da Bandeira, mas com a guerra do Ultramar, a vida de luxo que levavam sofreu uma reviravolta. As milícias angolanas ficaram-lhes com as casas, o dinheiro na conta e tudo o que haviam construído até então. Foi um rude golpe para o casal, que tinham o único filho a estudar em Portugal. Pelo meio, nas suas temporadas que passava em Portugal, o senhor José continuava a ter uma vida ativa e, apesar de estar de férias, fundou o Rancho dos Pauliteiros da Serra da Boa Viagem em 1943. 


Vida Ativa em lar: José Robala



A ida para um lar de idosos motivada pelo receio de não ter alguém por perto 


Porque decidiu ingressar num lar de idosos?

José Robala- Foi por influência do meu filho, que vive em Inglaterra,  devido a um pequeno acidente que  tive. Eu sempre levei uma vida ativa e conduzia para todo o lado. Mas, no ano passado, dei um pequeno toque no carro e veio a polícia. Quando viram que eu já tinha cento e tal anos, tiraram-me a carta e o carro e disseram que já não podia conduzir mais. 

Fiquei sem meios para me deslocar e o meu filho ficava mais descansado se eu e a minha esposa estivéssemos num lar de idosos.



Quem fez a escolha do lar de idosos onde está?

José Robala- Foi o meu filho que escolheu. No ano passado veio cá, e visitou este lar. Já tinha ouvido falar bem do Lar para Idosos dos Carvalhais - Quinta do Outeiro, na Figueira da Foz fez uma visita e gostou muito. Fica próximo da minha aldeia, o ambiente é bom, as pessoas são simpáticas e é muito limpo.

Depois de ter feito uma visita e visto as condições, o meu filho achou que este lar era ideal para nós, por ser confortável, limpo e perto da minha aldeia.



Do que mais gosta neste lar de idosos, em concreto?

José Robala- Do conforto e da segurança que temos. Se estivermos em casa e tivermos o azar de ficar doentes, morremos lá sem que ninguém nos acuda, porque não temos ninguém. Aqui temos segurança e também não temos que fazer as coisas de casa. Se estivéssemos em casa ela é que tinha de fazer tudo e agora já não consegue, porque se esquece muito das coisas e torna-se perigoso. Aqui, quando chega a hora do almoço, temos a comida feita, não tenho que ir às compras, não tenho que pôr gasóleo, estou mais descansado.

Ajudam-me a tomar conta da minha esposa, que está doente e esquece-se um bocado das coisas. As funcionárias são simpáticas e não tenho razão de queixa.



Uma vida em lar ativa e preenchida com festas e saídas dos idosos


Participa nas atividades oferecidas pelo lar de idosos?

José Robala- Nós ainda temos um pouco de medo por causa do vírus, por isso não participamos em algumas coisas, mas continuo a ter uma vida ativa. Ainda no Natal fizeram a apresentação de alegorias e tanto eu como a esposa participamos e gostamos muito. No carnaval também fizemos umas brincadeiras e foi muito engraçado. Também faço um pouco de ginástica quando posso, principalmente caminhadas, porque se deixo de andar, as pernas ficam presas. Nas atividades de grupo, no dia-a-dia, não participamos muito, mas gostamos de ver.

Gostamos de participar nas festas e teatros que o lar organiza, mas, por vezes, preferimos ficar apenas a ver, para não nos cansarmos.



Tem uma vida lá fora, para além do lar de idosos?

José Robala- Sim, muitas vezes vou passear com um amigo, que nos vem buscar, para ir almoçar fora, fazer alguns passeios à praia e vamos muitas vezes a Quiaios. Eu e a minha mulher gostamos de ter uma vida ativa e sair para apanhar ar fresco e um pouco de sol.

Também vou regularmente à Serra da Boa Viagem, às festas que o rancho dos pauliteiros organiza. Eu fundei o grupo e  por isso chamam-me sempre que fazem festas e pedem-me para subir ao palco por ser o fundador.

Vou almoçar fora muitas vezes, com a minha esposa e um amigo da família e também vou à aldeia para participar nas festas que organizam.


Vida Ativa em lar: José Robala
José Robala continua com uma saúde de ferro ao lado da esposa, a quem protege e auxilia como pode, uma vez que, apesar de ser bastante mais nova, tem maior fragilidade física e mental.

Para o casal, a mudança para o lar de idosos Quinta do Outeiro ofereceu a segurança que procuravam e os cuidados de saúde que precisavam, sem o transtorno de viagens de e para as unidades de saúde. Não perderam a vida ativa nem a liberdade de movimentos que o centenário José Robala tanto estima. O idoso é o testemunho vivo de quando se faz uma escolha segura de um lar de idosos da rede selecionada da Lares Online, a mudança pode representar uma melhoria na qualidade de vida.


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