Quando envelhecer, quero um lar de idosos com jardim

Por Joana Marques , 06 de Novembro de 2020 Lares e Residências


A nossa relação com a natureza é tão antiga quanto a própria existência humana na Terra. Todos somos criaturas da natureza, mas nas sociedades modernas é cada vez menos frequente estarmos em contato com o mundo natural.


O contato com a natureza promove saúde e bem-estar e é especialmente benéfico para os idosos em lar.



Os idosos institucionalizados passam muitas horas dentro de casa, sob luz artificial. Muitos deles têm problemas de saúde que limitam a sua mobilidade e alguns até estão acamados. Um lar com jardim pode fazer a diferença na qualidade de vida dos residentes, funcionando como um escape ao ambiente institucional.


Uma paisagem natural é terapêutica e restauradora, evocando um ambiente favorável à cura e tranquilidade.



Um jardim é um local seguro e confortável, que é em simultâneo propício à interação social e à privacidade, à atividade física e à contemplação. Leia este artigo para saber quais são os principais benefícios dos espaços verdes para o bem-estar físico e psicológico dos idosos institucionalizados.



Um jardim é um refúgio


São muitas as dúvidas e receios dos mais velhos quando confrontados com a ida para um lar, em especial a perda do conforto e privacidade associada ao abandono da sua própria casa. O ideal é que o idoso sinta que o lar é uma segunda casa, mas nem sempre é fácil promover essa sensação de pertença.


Infelizmente, muitos lares foram concebidos para a eficiência, em detrimento da estética, do conforto e dos espaços de lazer. 



Existem muitos benefícios na ida de um idoso para um lar, em especial o acesso a melhores cuidados de saúde e a um espaço que está adaptado para responder de forma segura e eficaz aos desafios do envelhecimento. No entanto, a vida institucional não está isenta de aspectos negativos, como alguma perda de identidade, autonomia e auto-estima, que podem levar a que o idoso se sinta deprimido e desmotivado.


Num lar, um jardim é uma grande mais valia, pois funciona como um escape ao ambiente funcional (e por vezes estéril) das instituições.



O jardim contribui para que o lar seja mais acolhedor, dando ao idoso uma sensação de liberdade e tranquilidade. Ajuda a combater quaisquer sentimentos de claustrofobia ou monotonia que o idoso possa sentir. Atualmente, a maior parte dos novos lares já tem jardim, que é considerado uma mais-valia na escolha, especialmente em tempos de pandemia.

Os jardins são fonte de bem-estar e criam oportunidades de relaxamento, auxiliando na restauração do corpo e da mente. Mesmo que o idoso não possa usufruir do jardim por questões de saúde, o seu ânimo e humor melhoram só por estar num quarto com vista para uma paisagem verde e arborizada.


Ter vista para o jardim diminui a sensação de dor e medo durante a recuperação de uma doença. Ajuda a diminuir os efeitos negativos de idosos que sofrem de dor ou doenças crónicas.



Envelhecer num lar com jardim humaniza e relativiza as circunstâncias em que o idoso se encontra, especialmente se está acamado. Um jardim e um quarto com vista não bastam para que o idoso se sinta totalmente em casa, mas ajudam!



Bálsamo para o corpo e para a alma


Intuitivamente, os mais velhos sentem-se bem perto da natureza e depois de reformados tendem a formar pequenas comunidades nos jardins da sua área de residência, onde conversam, jogam às cartas, aproveitando as sombras nos meses mais quentes e o sol tímido durante a época mais fria e húmida. Portanto, é natural que, aquando da ida para um lar, desejem dar continuidade a este hábito saudável.


As árvores melhoram a qualidade do ar e a vida ao ar livre é uma excelente fonte de Vitamina D, fundamental para a prevenção de fraturas e doenças como a depressão, artrites e problemas cardiovasculares.



Além de atenuar os problemas respiratórios, devido ao aumento da oxigenação, a permanência em espaços verdes ajuda a melhorar o humor. O organismo precisa de luz para produzir melatonina, substância que ajuda a regular o relógio biológico e influencia a qualidade do sono. 


Os idosos podem aproveitar o contato com a natureza para sair da rotina e relaxar em estar sujeito a todas as regras e horários da vida em lar.



A luz solar e o ar fresco e limpo também ajudam a regular os níveis de serotonina, substância que promove a sensação de bem-estar e felicidade indispensáveis ao regulamento da pressão arterial e à prevenção de quadros de depressão e ansiedade.


Os jardins incentivam à prática de caminhadas e exercício físico. Podem ser cultivadas pequenas hortas ou floreiras, que promovem concentração, estimulam a psicomotricidade e a socialização.



A proximidade à natureza é favorável ao descanso do cérebro. O foco nos vários estímulos sensoriais - como o canto dos pássaros, o som do vento a passar pela vegetação, as cores e o cheiro das flores - contribui para uma maior capacidade de concentração. 


Contemplar a natureza relaxa o cérebro, combate a fadiga mental e aumenta a capacidade de memorizar coisas. 



Além disso, cheiros e sons podem ajudar a reavivar a memória através da evocação de imagens do passado, mais facilmente acessíveis devido ao estado de relaxamento e bem-estar.



Um dos segredos para a longevidade


Vive-se cada vez mais anos e, para uma grande parte da população, é provável que o envelhecimento ocorra em contexto de lar. Atualmente, a ideia de que os lares de idosos são antecâmaras para a morte já está ultrapassada. Os lares são locais de vida que reúnem no mesmo local as condições óptimas para um envelhecimento de qualidade, nomeadamente no que se refere ao acesso a cuidados de saúde e a uma alimentação equilibrada.


Envelhecer num lar com jardim é a cereja no topo do bolo!



Existem cada vez mais estudos que correlacionam a longevidade com a existência de uma vida perto da natureza e calcula-se que a proximidade aos espaços verdes diminui a mortalidade em cerca de 12%, comparativamente a quem vive em locais marcadamente urbanos.


Os jardins incentivam ao envelhecimento ativo considerado a via mais importante para o bem-estar físico e psicológico na velhice.



Faça questão de envelhecer num lar com jardim e aproveite os benefícios de viver perto de espaços verdes, cujos principais benefícios o Lares Online resumiu:

  • Incentivo à mobilidade e atividade ao ar livre (caminhadas, exercício físico ou jardinagem);
  • Menor exposição ao ar poluído e maior exposição ao sol;
  • Valorização da capacidade de escolha - o idoso pode optar por contemplar a natureza com privacidade ou por socializar com os outros idosos que utilizam o jardim como local de convívio;
  • Aumento da autonomia e competência, independentemente das atividades realizadas na natureza serem passivas (observação) ou ativas (interação direta);
  • Alívio do stress e ansiedade através da natureza e criação de uma oportunidade de refletir sobre os problemas do quotidiano;
  • Menor incidência de doenças mentais e melhorias significativas das funções cognitivas;
  • Redução do risco de desenvolvimento de doenças típicas do envelhecimento através do reforço do sistema imunitário e melhorias no humor.



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