Covid-19: A importância dos lares neste momento

Por Susana Pedro , 11 de Março de 2020 Notícias


A Covid-19 está a provar ser um sério problema na nossa sociedade. De casos novos todos os dias a condicionamento ou encerramento generalizado de eventos, equipamentos e serviços, ninguém está indiferente ao fenómeno.



O maior grupo de risco de infeção por Covid-19, representando a maior percentagem de infetados, é o dos idosos, principalmente com doenças crónicas pré-existentes.



Por esta razão, e sendo a população portuguesa bastante envelhecida, importa de facto preocuparmo-nos com o maior grupo de risco. Veja neste artigo o papel preponderante que têm os lares de idosos num cenário de crise na saúde pública.



Hospitalização não é conveniente para idosos

Com toda a situação da Covid-19, é muito recomendado que os idosos não acorram em massa aos hospitais, onde são mais facilmente contagiados. Todas as suspeitas de contágio devem ser imediatamente comunicadas ao SNS24 (808 24 24 24) de forma a despistar-se os casos e não se pôr em risco mais pessoas. 



Os ambientes com maiores concentrações de pessoas são os mais propensos à infeção, pelo que são desaconselhadas idas a centros de saúde e hospitais.



Como em todas as situações de doença contagiosa, o recomendado é que fiquem em casa, de quarentena, até ser confirmada a doença. No Reino Unido, a maioria dos casos deste novo coronavírus está a ser tratada em casa. E isto faz todo o sentido. Ao diminuir as probabilidades de contágio em transportes (públicos ou mesmo hospitalares, pois demora imenso a uma ambulância ser desinfetada), a saúde pública é mais facilmente preservada. No entanto, o que acontece aos idosos que já se encontram no hospital?



Precipitação de altas em contexto hospitalar

Todos os utentes a que possam ser dadas altas clínicas irão ser precipitados para fora dos hospitais, de forma a libertar camas. Os idosos cujo estado de saúde seja estável, acabam por ser mais pressionados a sair, por dois motivos.


Num cenário em que os casos confirmados de infeção se multiplicam e aumentam diariamente, é óbvio que o hospital necessita de camas vagas para acomodar infetados por Covid-19.



É necessário quartos individuais, com determinadas condições, para a contenção da contaminação e para o tratamento de todos os infetados. Se o hospital não tiver camas suficientes, toda a sociedade fica em risco.


Ao tratar-se de uma doença contagiosa, os idosos estarão também mais seguros num ambiente com menor rotatividade. É certo que o hospital é um ambiente controlado, e dificilmente um contágio permaneceria incógnito. 



Este precipitar de altas clínicas de pessoas idosas prende-se com a necessidade de prevenir o contágio num grupo de pessoas mais vulneráveis à doença.



É preciso ter em conta que o período de incubação de Covid-19 é alargado, e pode ser transmitido por uma pessoa que não apresente sintomas.



Idosos estão mais seguros nos lares

Com os idosos a sair dos hospitais, as famílias têm uma decisão a tomar. Será que é seguro manter os idosos nas suas casas, em detrimento de uma entrada em lar? Será que é melhor optar por cuidar dos idosos em casa, arriscando um serviço de apoio domiciliário?



Os lares de idosos são daquelas infraestruturas que não podem fechar, em qualquer momento, pois são absolutamente necessárias numa população envelhecida, sobretudo num momento como este.



Ainda não houve quaisquer proibições por parte da DGS em relação aos lares, seja em admitir idosos ou fazer visitas para esse fim. Todas as condicionantes que possam ser impostas, partem da direção das instituições, e têm vista à proteção dos idosos e preservação do seu bem-estar e qualidade de vida.


Ao contrário dos lares, os centros de dia já têm outras restrições. Os centros de dia em Madrid, onde houve um foco muito grande de contágio, foram encerrados pelas autoridades sanitárias espanholas.



Condicionalismos de visitas em lar

Os lares de idosos, incentivados pela DGS a fazer um Plano de Contingência, estão de momento a tomar algumas precauções extraordinárias. Estas medidas visam todas as visitas que possam ser feitas ao lar, na pessoa de fornecedores, famílias ou possíveis novos clientes. Alguns lares, como já referimos, estão a limitar as visitas dos familiares, seja em tempo (numa janela temporal específica), seja em número (muitas vezes é admitido apenas um familiar, chamado familiar-referência).


No que é possível, a vida dos idosos é o mais aproximado à normalidade, aproveitando-se as novidades tecnológicas para colmatar a perda de algumas visitas.



As visitas com vista a integração do idoso em lar não estão proibidas, apenas é necessário que se tomem algumas precauções para não colocar ninguém em risco.



As visitas com vista a possível integração de um idoso no lar apenas sofrem pequenas mudanças. Os visitantes deverão ser em pequeno número, sendo higienizados à entrada, para preservar a saúde dos idosos institucionalizados. O ambiente em lar é muito controlado, pelo que a manutenção deste cabe a todos, incluindo aos visitantes.

​O facto de existirem restrições apenas enaltece a preocupação dos dirigentes e colaboradores em manter os idosos saudáveis e com uma boa qualidade de vida.



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